Na obra Viagem, (Ed. Record), onde ele conta sua visita à URSS e Tcheco-Eslovaquia, em 1952 o escritor Alagoano, traça um pequeno perfil do homem público brasileiro, que, passados 60 anos, permanece atualíssimo
"O amor à um poder, na verdade bem precário, faz que essas criaturas se resignem a tomar diariamente um banho de lama.Hoje em cima, embaixo amanhã, preso a interesses inconfessáveis, obrigado a mendigar o voto, alargando-se em promessas num instante esquecidas, o homem público é um ser mesquinho. Hobituamo-nos a julgá-lo trapaçeiro e venal; as suas palavras em tempo de eleição, ocas e abundantes, são para nós desgraçadas mentiras.".